domingo, 5 de abril de 2015

POEMAS E POESIAS

  Nessa postagem você verá poemas de Carlos Drummond de Andrade e Manoel de Barros (respectivamente), apesar de ambos serem poetas brasileiros , possuem uma grande diferença no seu estilo de linguagem.

Ausência                                                                       

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

O eu lírico desse poema, expressa sentimentos de saudade que leva internamente, sendo algo já familiar.



Os deslimites da palavra

Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu
destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas


Nesse poema o eu lírico mostra que não se pode controlar a morte, o amanhecer e a natureza, mostrando o controle que esses elementos tem sobre ele.


*Esse título foi dado a postagem porque como havíamos aprendido nas aulas de Língua Portuguesa 
“poema” é considerado somente uma “estrutura”e “poesia” são os sentimentos, expressos pela voz lírica.

Ana Bárbara, Ana Lua e Lyvia

2 comentários:

  1. Tenho que admitir , esse tema me entreteu demais , deve ser porque eu gosto muito de poemas ( acho qe sou um dos poucos garotos que gostam e admitem isso hahahaha ) . Estarei esperando por mais assuntos como esse ( e o dos games , que também foi muito interessante ) neste blog . Parabéns aos envolvidos !

    ResponderExcluir